A Fundação Fernando Leite Couto inaugura, nesta quarta-feira, 15 de Novembro, às 18 horas, a exposição colectiva intitulada “Daqui e dali”, juntando os artistas plásticos, António Mucavele, Bruno Chichava, Miguel Levy, Nhongwene e Simbraz.
Os cinco artistas reúnem-se nesta exposição para levantar reflexões sobre o contexto social moçambicano em diferentes perspectivas. Todos eles, de diferentes passados e presentes, até divergentes nos anos de experiência e de vida, têm como factor de interesse os desencontros ou as discordâncias entre as cenas representadas.
A temática escolhida, de acordo com a curadora Yolanda Couto, embora abordada em diferentes vertentes quer na técnica utilizada quer ainda na forma de interpretação pessoal é, contudo, nesta exposição a sociedade em geral numa uni-multiplicidade de aspectos daqui e dali.
Por isso o título escolhido que procura conferir a liberdade de interpretação que nos desafia nesta mostra eclética, mas também a maturidade do que persegue cada um dos artistas, enquanto narrativa e estilo.
António Mucavele (n.1997) apresenta um trabalho curioso de aplicação de técnicas mistas e materiais para a construção das suas esculturas. Utilizando o carvão vegetal como “matéria-prima”, as suas esculturas ganham formas que representam verdadeiras personagens em plena acção.
Bruno Chichava (n.1990), conhecido pelas paredes transformadas em telas, suas obras gravitam numa combinação de cores e símbolos que nos remetem para as relações com o imaginário, mas com a natureza em diálogo com uma África mítica.
Miguel Levy (n. 1957, Portugal) é tem no pincel as texturas da cidade, do dia-a-dia das pessoas nos passeios, nas ruas e até na sua intimidade. Na sua pintura destacam-se personagens que se aproximam de imediato das nossas curtas memórias e relações com espaços e personagens.
Nhongwene (n.1978) as suas obras fazem uma introspecção sobre o sujeito artístico, os dilemas e meditações do interior que se socorrem da inspiração artística para representar “retratos” ou figuras anónimas, mas que deambulam na mente e na alma do artista.
Simbraz (n.1992) apresenta as cores e as gentes quase como elas são, cabe a nós conferir-lhes narrativas. Fica o desafio, diante da inspiração e do talento artístico.