"BOTÂNICA"
Exposição Individual de Desenho de Filipe Branquinho
de 30 de Novembro a 16 de Dezembro de 2016
e de 16 a 30 de Janeiro de 2017
Filipe Branquinho nasceu em Maputo, em 1977, onde actualmente vive e trabalha.
Branquinho cresceu durante a guerra civil em Moçambique, num ambiente cheio de vida intimamente ligado ao mundo do jornalismo e das artes, tornando-se particularmente envolvido neste campo através do contacto com alguns dos maiores nomes da cena artística moçambicana, como António Quadros, José Forjaz, Ricardo Rangel, Kok Nam e José Cabral.
É autodidacta, em termos artísticos, e estudou Arquitectura na Universidade Eduardo Mondlane em Maputo, Moçambique, e na Universidade Estadual de Londrina, no Brasil. Branquinho aborda questões do foro social, debruçando-se sobre a realidade de Moçambique, especialmente os modos de vida da população, as mitologias e as dinâmicas urbanas. Na sua prática, explora temas como a diferença de classe, cultura, política, memória colectiva ou o trabalho.O seu estilo combina a sua filiação arquitectónica e a sua familiaridade com a “escola” de fotografia moçambicana, fundindo géneros como o retrato e a paisagem.
O seu trabalho documenta uma sociedade em mudança como um levantamento ou um inventário das cidades, da arquitectura, que sugerem histórias pessoais, documentam e traçam um mapa de uma África contemporânea, negando qualquer demanda pelo exotismo.
Com os seus dois últimos projectos, Gurué e Botânica,Branquinho procura aproximar-se e reconectar com a natureza, distanciando-se das suas temáticas anteriores centradas nas dinâmicas da cidade.