A artista mostra dois lados diferentes, mas interdependentes, de sua prática artística: o mundo intuitivo de suas colagens e o trabalho mais estruturado que resulta em suas aquarelas abstratas.

A intuição é o guia do artista ao criar suas colagens. Estes procuram chamar a atenção do espectador, borrando os limites entre objetos reconhecíveis e situações perturbadoras ou estranhas.

Seu objetivo é dizer coisas sem nomeá-las. Ela opta por fragmentar objetos e corpos, a fim de desafiar nossa ideia de realidade, bem como os padrões de beleza que a mídia nos traz.

A aquarela é usada como pano de fundo para esses mundos.

Por outro lado, a aquarela tornou-se protagonista no estudo metódico da cor da artista, como se vê em seus trabalhos abstratos. Ela se interessa pelas infinitas possibilidades de manchas produzidas pelo pigmento e pela água, dois elementos que podem ser controlados ou deixados ao acaso.

São composições que apresentam um diálogo entre formas orgânicas, uma geometria imperfeita, linhas e aguadas transparentes.

Homenagem a JS Bach (patrono do projecto) é uma obra inspirada na composição musical de J.S Bach “The Well-Tempered Keyboard”, que passa por todas as tonalidades musicais. O políptico, de forma semelhante, percorre todo o espectro da paleta de Teresa, e é o resultado de um estudo investigativo da temperatura e do tom da cor.